O rapaz estava assaltando a loja de conveniência de um Posto de Gasolina…
- Vamô que vamô mano!…Vai logo seu molengão!…Coloque toda a grana aí no saco meu!….E pode colocar aquela garrafa de uísque também. Disse o assaltante.
-
Qual? Perguntou o balconista.
-
Aquela preta ali mano! Vamô logo cara!
-
Seu assaltante, o senhor vai me desculpar, mas eu não posso lhe dar aquela garrafa de bebida alcoólica.
-
Como assim cara? Cê tá maluco meu?
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Queira me desculpar, mas eu tenho certeza de que você é menor de idade.
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Menor de idade!…Cara, você é muito folgado mano! Olha aqui a minha identidade. Tá vendo? Vinte anos de idade!…Viu?…Eu sou de 1990. Você sabe fazer conta meu?
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Você tem razão!…Você é de maior. Queira me desculpar senhor, você entende né? São as normas da casa.
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Cara você é muito folgado! A sua sorte é que hoje eu estou legal!…Já colocou os bagulhos aí no saco?
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Já coloquei! Não fique nervoso. É como eu te falei: são as normas da casa…
-
Valeu cara! fui! Disse o bandido que, correndo, sumiu sem deixar vestígios.
Mais tarde, na delegacia onde o balconista foi registrar o boletim de ocorrência: -
Como assim o senhor foi assaltado pelo Fábio C. de A. Souza? Isso é alguma brincadeira? Perguntou o escrivão de polícia.
-
Não! Não é brincadeira não seu escrivão. É que o ladrão deu bobeira com os documentos e eu pude ler o nome que estava na carteira de identidade dele.
Depois de três horas o esperto marginal já estava preso.
Edilson Rodrigues Silva